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Novo Código do Sistema Criminal da Bolívia pode criminalizar a evangelização no país

12 de janeiro de 2018

Líderes evangélicos e católicos da Bolívia estão preocupados com a tentativa do presidente Evo Morales de criminalizar a evangelização no país. O “Novo Código do Sistema Criminal” boliviano, proposto em dezembro e que deve ser aprovado em breve, trouxe uma série de mudanças na legislação, visando se conformar à visão bolivariana de sociedade.

Segundo sites de notícias do país, bispos católicos e pastores de diferentes denominações evangélicas denunciam o artigo 88 do novo código penal, que prevê prisão de 7 a 12 anos e multas para quem promover “o recrutamento de pessoas para participação em organizações religiosas ou de culto”.

O Pastor Miguel Machaca Monroy, presidente das Igrejas Evangélicas de La Paz, considera que com a vigencia desse artigo não poderão mais pregar e nem evangelizar. As propostas da nova lei contradizem o artigo 4 da Constituição da Bolívia, que prevê a liberdade de culto. No entendimento dos líderes religiosos, toda manifestação fora dos templos estaria sujeita à censura, o que impediria, por exemplo, retiros de igrejas, procissões ou caminhadas do tipo “Marcha para Jesus” no país.

As lideranças católicas e evangélicas da Bolívia se unem a diversos outros segmentos, como os sindicatos de imprensa, médicos e transporte, em protesto contra o novo código penal.

– Igreja Renovada Plurinacional – Em 2013 Evo Morales já havia chamado a atenção para questão religiosa no país. Sites de comunidades católicas denunciaram que o presidente boliviano pretende fundar a “Igreja Católica Apostólica Renovada do Estado Plurinacional”, que substituiria a Igreja Católica Apostólica Romana na Bolívia.

As denúncias afirmam que Morales veio ao Brasil para a missa de encerramento da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), em 2013, com a intenção de ser fotografado com o Papa Francisco, que ele considera um partidário da teologia da libertação.

A “Igreja Católica Apostólica Renovada do Estado Plurinacional” está completamente alinhada com o regime político, que tenta impor um novo culto oficial no país. O Bispo da diocese de Oruro, dom Cristóbal Bialasic, advertiu na época que Morales pretende dividir a fé dos bolivianos com isso que “não é bem uma Igreja, mas sim uma seita”. O próprio Morales em 2008 qualificou a Igreja Católica como um “instrumento de dominação”.

Recentemente uma publicação em um grupo da rede social Facebook chamou a atenção dos cristãos por mostrar o suposto local da Igreja Plurinacional boliviana. Intitulada “Igreja da adoração ao deus sol (Evo Morales filho do deus sol)”, a publicação traz fotos da qual seria a “primeira igreja a Evo”, “restaurador do império boliviano”.

Com informações de GospelprimeLos Tiempos e La Razón

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