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O Poder Da Tua Palavra!

18 de janeiro de 2022

Por Bispo Átila Brandão

Bispo Patriarca e Presidente da Cobiev

 

 “A Vida e a Morte estão no poder da língua”, conforme nos leciona o rei Salomão (Provérbios 18:21). No entanto, muita gente que se assenta na congregação parece não atentar para essa advertência proferida há quase três mil anos.

Mesmo antes de Shelomo Ha Mélech Ben David Ha Mélech (Salomão, filho do rei Davi), as Escrituras já nos ensinavam sobre o poder da língua e suas consequências ao narrar o momento em que Miriam se tornou leprosa por falar mal de Moisés.

A doença que se abateu sobre ela não é de espantar quando entendemos os ensinamentos da Palavra e a língua hebraica. A irmã de Moisés ficou doente devido às palavras que saíram da sua boca. 

Esta dedução nos chega facilmente quando sabemos que, em hebraico, “leproso” é “metsorá” e a sentença “faz sair o mal da boca” é “motsi rá”. Dessa forma, a língua torna-se um vetor de contágio para todo o corpo, conforme nos leciona Tiago.

Segundo o irmão do Senhor, “a língua também é um fogo; como mundo de iniquidades, a língua está posta entre os nossos membros, e contamina todo o corpo, e inflama o curso da natureza, e é inflamada pelo inferno” (Tiago 1:6).

Sendo assim, uma pessoa crítica e mal-adaptativa é leprosa na alma e sua doença é contagiante, uma vez que sua doutrina pode ser transmitida a outras pessoas e contaminá-las.

Por isso, quem toma para si o papel de leproso deve ser isolado fora do acampamento, ou seja, não deve ser ouvido, por causa de sua “Lashom Hará” (língua má). A “Lashom Hará” é mais perigosa que qualquer arma mortífera, tornando-se como uma flecha que fere mesmo de longe.

Sobre ela, o Salmista nos diz: “Afiaram as suas línguas como espadas; e armaram por suas flechas palavras amargas a fim de atirarem em lugar oculto ao que é íntegro; disparam sobre ele repentinamente, e não temem”. (Salmo 140:3-4)

Por serem aqueles que descumprem o mandamento do Senhor e andam como “mexeriqueiros no meio do povo”, atentando “contra o sangue do seu próximo” (Levítico 19:16), eles são comparados à peçonha das cobras.

Esses indivíduos tão nocivos têm veneno de serpentes debaixo dos seus lábios (Salmo 140:3) com o qual contaminam a si mesmos e procuram disseminar sua peçonha e sua enfermidade.

Por isso, é preciso ficarmos atentos, porque, uma vez que a lepra tenha envenenado e tomado conta da alma e do espírito deles, eles procurarão contaminar a todos com suas críticas, insatisfações e com a melodia falsamente harmoniosa de sua música.

Os maldizentes ou caluniadores, são também assassinos (Levíticos 19:16). No entanto, para que seu crime se concretize é necessária uma união tripla entre o caluniador, a pessoa que lhe dá ouvidos, e a pessoa que está sendo caluniada. O primeiro é o assassino, o terceiro é a vítima, mas o segundo é aquele por quem o assassinato se concretiza.

Mas ainda que não se acredite no maldizente, alguma coisa contra a vítima fica na memória de quem lhe deu ouvidos, porque, queridos irmãos e irmãs, não vos enganeis: as más conversações corrompem os bons costumes (I Coríntios 15:33).

A língua éum mal que não se pode refrear; está cheia de peçonha mortal. Com ela bem-dizemos a Deus e Pai, e com ela amaldiçoamos os homens, feitos à semelhança de Deus. De uma mesma boca procede bênção e maldição. Meus irmãos, não convém que isto se faça assim” (Tiago 3:1-10).

Portanto, é possível não deixarmos os leprosos de alma cometerem seus crimes. É preciso que nossos ouvidos estejam voltados ao que é bom, de boa fama, que admoesta e eleva o espírito à presença de Deus, através de palavras ungidas, proferidas por um coração limpo pelo sangue do Cordeiro.

Lembremos sempre que o que contamina o homem não é o que entra pela boca, mas o que sai da sua boca (Mateus 15:11). Pois, Mavet ve Chaim ve iad Lashon. Ve ohaveia iochal Pria! (A morte e a vida estão no comando da tua língua; e aquele que a ama comerá do seu fruto. (de vida ou fruto de morte – Provérbios 18:21).

 

 

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